Por Everton Edvaldo
Durante a leitura dos três primeiros capítulos do evangelho de Lucas, notei algo glorioso nas entrelinhas dessas passagens. Algo que geralmente passa desapercebido aos nossos olhos quando vamos estudar acerda do nascimento de Jesus: o papel primário executado por Deus entre seu povo.
Durante a leitura dos três primeiros capítulos do evangelho de Lucas, notei algo glorioso nas entrelinhas dessas passagens. Algo que geralmente passa desapercebido aos nossos olhos quando vamos estudar acerda do nascimento de Jesus: o papel primário executado por Deus entre seu povo.
É bastante interessante o método que Deus usou para revelar Jesus ao Seu povo antes mesmo de João Batista. A gente costuma entender que João Batista é a grande jogada de Marketing de Deus para anunciar o Messias. Isso é verdade, no entanto, Batista é só a consumação dessa revelação. Antes dele, Deus foi o primeiro propagador da chegada do Messias ao mundo. Deus revelou a chegada de Jesus de múltiplas formas ao Seu povo e o que eu acho engraçado, ou melhor, gratificante é que todos esses acontecimentos foram marcados com louvor e adoração a Deus. O evangelista Lucas nos apresenta detalhes dessas revelações da seguinte forma:
-Deus usa o anjo Gabriel para anunciar o nascimento de Jesus a Maria. (Lc 1.26-35).
-Deus usa Isabel para Maria, falando acerca do fruto do seu ventre, isto é, Jesus. (Lc 1 .41,42). Detalhe: João Batista ainda no ventre se alegrou e Maria entoou um cântico a Deus. (Lc 1. 44; 46-55).
-Deus envia um anjo e faz brilhar sua glória ao redor de pastores que viviam nos campos. A eles, Deus revela, através do anjo, que nasceu o Salvador. (Lc 2. 8-11). A eles, também aparece uma multidão da milícia celestial de anjos adorando a Deus nas maiores alturas (Lc 2.14). Detalhe: os pastores glorificaram e louvaram a Deus (Lc 2.20).
-Deus revela a Simeão, um homem justo e piedoso que ele não morreria antes de ver o Messias. Quando Jesus foi ser circuncidado, ele o tomou nos braços e louvou a Deus. (Lc 2. 25-30).
- Por fim, Deus usa Ana, uma profetiza e viúva de 84 anos, que dando graças a Deus, falava do menino a todos que esperavam a redenção de Jerusalém (Lc 2. 36-38).
E foi assim que a chegada do Messias foi anunciada: cheia de revelações, alegria e louvor. Nessas passagens, Deus usa anjos, homens/mulheres e circunstâncias a seu favor, mas nenhum deles é adorado, pelo contrário, a adoração é voltada única e exclusivamente para Deus. Creio que o próprio Deus se alegrava com isso, já que toda glorificação estava circulando em torno Dele e para Ele.
Com isso se ratifica ainda mais a afirmação de que Deus é o maior evangelista de toda a história. Suas ações e intervenções na humanidade sempre resultam em louvor, avivamento e alegria.
E assim "crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele." (Lc 2. 40).
Essas coisas foram necessárias até que João Batista crescesse e exercesse seu ministério dado por Deus de ser precursor do Messias. João Batista também é fruto dessa obra grandiosa de Deus e um instrumento nas mãos dele.
O que Deus fez antes de Batista marcou a vida de muitas pessoas. Isto significa que quando João Batista iniciou seu ministério, várias pessoas já tinham conhecimento de que o Salvador havia chegado para eles. Ciente disto, o terreno estava pronto para que a "...voz que clama no deserto" (João 1.23), fizesse a vontade de Deus. Toda essa perfeição e obra iniciada pelo Senhor foi contemplada por João Batista e é por esse motivo que ele pode afirmar com segurança as seguintes verdades:
"... todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça." (João 1.17).
"Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou." (João 1.18).
"Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1.29).
E por fim dizer: "Convém que ele cresça e que eu diminua." (João 3.30).
Amém!
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