Por Everton Edvaldo
Introdução:
De
onde veio a vida? De onde eu vim? Essa é uma pergunta clássica que permeia o
homem desde a antiguidade. Muito antes dos cientistas se debruçarem para
respondê-la, os filósofos já idealizavam respostas para essa questão. Como
surgiu a vida? Hoje, existem várias tentativas de respostas, algumas
religiosas, outras científicas, mas todas elas com suas dificuldades e
limitações. Neste estudo, veremos as duas principais: Criacionismo e Evolucionismo.
Vamos descontruir alguns “tabus” sobre o assunto, a fim de que possamos
construir pontes e não barreiras com a Ciência. E mais, vamos ver qual o papel
da igreja nessa questão.
DEFININDO
OS TERMOS
1 O que é Criacionismo?
É a crença de que o universo e
a natureza vieram a existir e se vieram a existir, é porque não existiam antes
e que algo ou alguém os trouxe à existência. Portanto, o universo tem uma
causa. Essa causa geralmente é identificada como sendo inteligente, atemporal e
não-espacial.
2 O que
é Evolucionismo?
É a teoria que defende o
processo de evolução das espécies de seres vivos, através de processos
naturais, lentos ou progressivos. Quem propôs a investigar e a idealizar bem
essa teoria, foi o cientista Charles Darwin.
Tipos
de Criacionismo
Existem
hoje três tipos de Criacionismo: o científico, o religioso e o bíblico. Veremos
de forma bem panorâmica, um pouco de cada um.
1 Criacionismo Científico.
Nas palavras do Mestre Adauto
Lourenço, o “Criacionismo científico oferece uma posição física sustentável
sobre uma origem não natural da vida e do universo. Ele não é uma proposta
religiosa , pois não trabalha com argumentos religiosos de criação, mas em
evidências científicas da criação.” (LOURENÇO,
p. 21). Vamos elencar aqui alguns dos seus ensinamentos:
1.1 A natureza é o que é, e faz o que faz, devido as leis que a
regem. Todo o universo é regido por leis bem precisas e estabelecidas.
1.2 Vida
gera vida. Graças ao experimento de Pasteur, foi demonstrado que organismos
unicelulares não surgem através da geração da matéria orgânica
pré-existente. Ou seja, a vida não pode
surgir da não-vida. Somente a criação explicaria sua existência.
1.3 Capacidade
de variação das formas de vida. Essa variedade acontece por causa da reserva
genética. É ela quem explica toda a variedade existente. Os que creem dessa
forma, ensinam que somente material genético é repassado para as futuras
gerações. Novo material genético não é formado, apenas novas combinações são
formadas.
1.4 Capacidade
de adaptação das formas de vida. Alguns confundem isso com evolução (ou
macro-evolução) das espécies. No entanto, diferente do que pregam os
evolucionistas, essa adaptação não gera uma nova espécie. Isto significa que
cachorro continua cachorro, gato continua gato. As adaptações estão
relacionadas com as reservas genéticas e vão se manifestar assim que alterações
ambientais exigirem.
1.5 As
formas de vida possuem informação genética. Todos os seres vivos possuem DNA.
Essa fonte de informação codificada possui centenas de milhões ou bilhões de
letras genéticas sequenciadas. Processos
naturais não produzem essas informações. Somente uma mente inteligente poderia
estar por trás da criação dessas informações. Isto é, “a origem da informação
genética codificada só pode ser explicada por meio da sua criação.” (LOURENÇO,
p. 30).
1.6 A
composição do Universo. A grandeza do universo é muito precisa para ter surgido
de forma espontânea. Ao que tudo indica, por trás do surgimento dele, existe
uma mente inteligente, imaterial, não espacial, imaterial e atemporal.
1.7 O
princípio antrópico. São as constantes físicas. Existem dezenas e a chance
delas terem surgido e permanecido até hoje pelo acaso, é estritamente pequena.
O universo é tão bem ajustado e afinado que fortalece a ideia de um universo
criado por um design inteligente.
1.8 A
origem do homem. Não há evidencias científicas, biológicas e químicas de que o
homem e os chimpanzés tenham um ancestral em comum. A ausência desse “elo
perdido” é uma pedra no sapato dos evolucionistas. Pelo contrário, as
evidencias demostram que o homem foi bem planejado. Segundo o Adauto Lourenço:
“Estudos com o DNA mitocondrial mostram que
todos os seres humanos vieram de uma única e mesma mulher, a chamada “Eva
mitocondrial”, mãe de todos nós. Ela não foi um hominídeo, mas uma mulher como
as mulheres de hoje.” (LOURENÇO, p. 33).
2. O
Criacionismo Religioso.
Este se configura naquela
crença de que tudo veio a existência através de uma força suprema. Esta, pode ser
uma única entidade, ou até mesmo várias. Estas crenças não são baseadas (ou
pelo menos não dependem) em evidências científicas. Elas são aceitas pela fé e
estão repletas por vezes, de elementos folclóricos, mitológicos, religiosos e
culturais.[1]
De acordo com o Pastor
Claudionor de Andrade:
“Cada
religião possui o seu criacionismo. Dos gregos à tribo mais escondida da
Amazônia, é possível encontrar uma narrativa da criação do Universo. Algumas
fantásticas; outras pueris. Mas todas igualmente absurdas. Tais mitologias são
o resultado de uma tradição oral transmitida por Adão e Noé a seus filhos, foi
corrompida pelo tempo. Em sua base, porém, há um fundo de verdade.” (ANDRADE, p. 22).
Alguns movimentos criacionistas religiosos
tentam usar a ciência para provar suas crenças, no entanto, suas pressuposições
continuam sendo religiosas. Os principais tipos de criacionismo religioso são:
o cristão, o judeu, o muçulmano e o hindu. Todos eles possuem suas vertentes e
divergências, no entanto, possuem uma coisa em comum: todos eles se baseiam em
“escritos sagrados.” Segundo Adauto Lourenço:
“O
mais conhecido dentro da cultura ocidental é o cristianismo cristão, em suas
muitas formas: Criacionismo da Terra Jovem, Criacionismo da Terra Antiga,
Geocentrismo Moderno, Criacionismo Dia-Era, Criacionismo Progressivo, dentre
outros.” (LOURENÇO, p. 41).
Existem alguns movimentos que
consideram a teoria do Design inteligente, também como uma forma de
criacionismo religioso, no entanto, ela é uma teoria científica e não tem
nenhum compromisso com pressupostos religiosos. Essa teoria tenta detectar quem
estaria por trás de tudo que existe, se é um projeto inteligente, ou o acaso.
Já outros cristãos tentam reconciliar a crença em Deus com crenças
evolucionistas. É o chamado Evolucionismo Teísta, abraçado pela Igreja Católica
Romana. Esse tipo de Evolucionismo diz que Deus teria iniciado o processo de
criação, porém, estabeleceu leis que teriam regido o processo evolutivo.[2]
3 O Criacionismo bíblico
Como dissemos no estudo
anterior, a Bíblia não é um livro científico, porém, isso não significa que ela
não contenha ciência. Acontece que o criacionismo bíblico se contenta com que a
Bíblia diz sobre a origem do Universo. É verdade que a Bíblia não diz muito
sobre esse processo criativo, ou pelo menos, não da forma como gostaríamos.
Muitas perguntas não podem ser respondidas, porque nunca foi intenção de Deus
provar que Ele é criador de todas as coisas. A Bíblia simplesmente já começa
com essa verdade (no livro de Gênesis) e é ela quem vai nortear todos os outros
livros das Escrituras. Tire a doutrina da Criação das Escrituras e só restará
folhas e tinta neste livro. A Bíblia não faz sentido sem a doutrina da Criação.
Não podemos acreditar que tudo que existe foi mero produto do acaso. Por outro
lado, isso não significa que devemos desprezar o que a ciência diz. Elas podem
andar juntas, desde que seja entendido que a Palavra de Deus sempre tem
primazia sobre a palavra do homem. Isto significa dizer que a ciência deve ser
submetida ao crivo das Escrituras e mais, ela deve ser interpretada à luz
desta.
Sendo assim, o criacionismo
bíblico trabalha com a Bíblia como fonte de autoridade e regra de fé. No
criacionismo bíblico, se fala mais no Criador que na criação. Exemplos:
- Segundo as Escrituras, tudo
que veio a existir, possui um Criador (Genesis 1 e 2).
- Esse Criador trouxe tudo à
existência pela Sua Palavra (Genesis 1 e Hebreus 11.3).
- Esse Criador não criou as
coisas e deixou o universo à deriva (deísmo), mas intervém na Sua criação
quando bem lhe aprouver (teísmo), (Genesis 6-9).
- Esse Criador também se
revela pela Sua criação (Salmos 19 e Romanos 1) e também Palavra (Salmos 119,
João 17.17).
- Tudo que o Criador revelou
pela Sua Palavra é preciso e confiável, por isso, posso acreditar nela (Salmos
33.4; Provérbios 30.50).
- Esse Criador controla,
governa e sustém tudo que existe.
O Criacionismo bíblico também
se compromete com a literalidade de Gênesis 1-11. Cremos que o autor (Moisés)
não está escrevendo um livro fictício ou um conjunto de crenças sincretistas
que já existiam na época, mas registrando algo verídico.
Fundamentos do Criacionismo
bíblico:
De acordo com o Pastor
Claudionor de Andrade [3] três elementos constituem
os fundamentos do Criacionismo bíblico. São eles:
A Bíblia Sagrada. A Bíblia do começo ao fim nos
fala de Universo que foi criado por Deus. Ela é a testemunha desse fato e ela é
inerrante e inspirada por Deus.
b)
A razão humana. A nossa consciência é
suficiente para nos convencer de que existe um Criador (Romanos 1). É por isso
que muitos tem chegado à conclusão de que o Universo foi criado, sem o auxílio
de pressupostos religiosos, mas somente científicos.
c)
A Criação. Ela mesma testemunha quem o Criou
(Salmo 19.1), Deus Todo-Poderoso que sustenta e mantém tudo sob seu controle e
governo. Embora de forma turva, muitas religiões pagãs têm reconhecido isso
através da própria criação.
A diferença entre o
Criacionismo bíblico e o religioso.
Em suma, o primeiro se
compromete a ensinar que tudo foi criado unicamente pelo Deus das Escrituras,
enquanto que o segundo reconhece que o Universo possui um Criador, porém, este
Criador não tem que ser necessariamente o Deus da Bíblia. Ele pode ser Zeus, ou
uma Energia Cósmica, ou qualquer outra divindade. Por fim, todo criacionista
bíblico é um criacionista religioso. Porém, o contrário, nem sempre é
verdadeiro.
Questões que envolvem o
criacionismo bíblico:
Certamente, temos grandes
desafios pela frente. Quando lemos o relato bíblico, nos deparamos com muitas
dúvidas, como por exemplo: há dois relatos distintos em Gênesis 1 e em Gênesis
2 acerca da criação? Posso confiar no livro de Gênesis? O relato do dilúvio (Gn
6-9) pode ser autenticado pela ciência moderna?
Os dias de Gênesis 1, são literais ou figurados? A Bíblia ensina que a
terra é o centro do universo? A Bíblia relata a existência de algum ser humano
antes de Adão e Eva? E os dinossauros, eles existiam mesmo? Se os luzeiros só
aparecem no quarto dia, como existia luz? Essas e outras perguntas vão surgir
naturalmente no estudo do criacionismo bíblico, e se por acaso não tiverem
respostas agora, não comprometem a doutrina da criação, só a tornam mais ainda
curiosa.
Evolucionismo Teísta
Alguns criacionistas flertam
com a teoria da Evolução. São conhecidos como Evolucionistas teístas[4]. Nesse grupo, temos
liberais, católicos e evangélicos. Estes, defendem que é possível harmonizar
Genesis 1-3 com as teorias do Evolucionismo. Nesse caso, Deus teria criado o
homem e a evolução teria ocorrido. Algumas crenças defendidas por eles são: os
seis dias da criação em Gênesis 1 são longas eras e a terra existe há bilhões
de anos.
Tipos de Evolucionismo
Assim como o Criacionismo, o
Evolucionismo também possui suas variações. São elas:
1.
Lamarckismo.
Essa teoria evolutiva foi
elaborada pelo biólogo Jean Batista de Lamarck[5] no começo do século XIX.
Ele desenvolveu a teoria dos caracteres adquiridos que na época foi sucesso,
porém hoje, é desacreditada. Para Lamarck, o ambiente alterava os organismos
das pessoas e consequentemente causava mudanças em seu comportamento. Lamarck
publicou sua teoria no ano de 1809, no livro “Filosofia Zoológica”, sendo este
trabalho de grande importância para as Ciências Biológicas, servindo de base
inclusive para o trabalho de Charles Darwin.
Os dois princípios do
Lamarckismo são:
Lei do uso e desuso
- De acordo com Lamarck, um
órgão do corpo humano se desenvolve cada vez mais na medida em que é mais
usado. Por outro lado, por atrofiar e até desaparecer caso seja pouco utilizado.
Lei da transmissão hereditária
dos caracteres adquiridos
- Esta lei complementa a
primeira. De acordo com Lamarck, as características adquiridas por uma espécie,
em função do uso e desuso dos órgãos, são transmitidas de geração para geração,
ou seja, hereditariamente. As mudanças no meio ambiente são indutoras das
transformações nos órgãos dos animais.
Segundo Wilson Antonio
Frezzatti:
''Jean-Baptiste
Lamarck foi o primeiro a tentar montar um esquema específico para explicar o
mecanismo do processo evolutivo dos seres vivos. Sua teoria postulava uma
interação dinâmica entre os organismos e o ambiente, de tal modo que os
primeiros poderiam se modificar quando frente a mudanças exteriores. Uma
alteração no ambiente exige o aumento ou a diminuição do uso de certas partes
do corpo: com o uso ou desuso, a estrutura dessas partes se transforma. A
alteração física ocorre porque o organismo “percebe” uma nova necessidade
surgida com a mudança no meio externo: fluidos e forças corporais são
mobilizados para modificar a estrutura que irá satisfazer a necessidade. Essa
nova característica será transmitida aos descendentes. As ideias do biólogo
francês não tiveram repercussão em sua época, pois a Académie des Sciences era
dominada por Cuvier, mas exerceram certa influência na Inglaterra.'' (Dossiê:
DARWINISMO E FILOSOFIA TEMAS & MATIZES - Nº 15 - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009.
pp.55-68).
2. Darwinismo
Também conhecido como teoria
da evolução de Darwin, evolucionismo, anticriacionismo, anti-ideologia,
selecionismo, evolução variacional, credo dos darwinistas, visão de mundo e
metodologia, é o nome dado à teoria proposta pelo naturalista britânico Charles
Darwin para explicar como ocorre a evolução das espécies. Ao viajar pelo mundo,
percebeu que os organismos vivos modificavam-se ao longo do tempo. Em 1859,
publicou sua obra mundialmente conhecida: A Origem das Espécies.
Nesse livro ele apresentou sua teoria da evolução, na qual dois pontos merecem
destaque: a seleção natural e a ancestralidade comum.
Seleção Natural:
“A partir dessas observações, Darwin
começou a relacionar a evolução artificial ao que tinha observado na natureza.
Ele havia notado que os seres vivos apresentam características variadas, e
algumas delas poderiam até influenciar na sobrevivência desses seres, pois,
muitas vezes, alguns indivíduos morriam muito precocemente.A partir dessas
observações, ele verificou que os que não morriam jovens conseguiam
reproduzir-se e passar suas características aos seus filhotes. Darwin então
propôs que haveria uma luta pela sobrevivência e que apenas
os mais aptos poderiam sobreviver. Os que conseguiam chegar à
idade reprodutiva passavam essas características aos seus descendentes. Ele
chamou esse processo de seleção natural.” [6]
Ancestralidade
em comum.
É
a ideia que todos os seres vivos possuem um ancestral em comum que teria
evoluído e dado origem às várias espécies que existem hoje. O mais antigo
ancestral comum teria vivido há cerca de 3,8 bilhões de anos.
A teoria de Darwin ganhou
força na academia e hoje é ensinada na maioria das escolas do Ocidente.
Propondo uma origem natural das espécies e não sobrenatural, ela desconfigura e
a visão bíblica acerca do surgimento da vida.
3.
Neodarwinismo:
“O Neodarwinismo, também
chamado de Teoria Sintética da Evolução ou ainda Teoria
Moderna Evolutiva, reúne estudos e conceitos de vários campos da
Biologia para determinar e explicar os processos evolutivos. A Teoria
surgiu no século XX após os avanços genéticos que foram utilizados para explicar
algumas lacunas existentes nas teorias evolutivas da época. Dessa forma, o
Neodarwinismo relaciona os estudos em genética, citologia, evolução,
paleontologia, botânica e zoologia para sistematizar o processo de evolução e
de diferenciação das espécies. O principal nome do pensamento evolutivo
foi Charles Darwin, que estabeleceu a lei da Seleção
Natural. Porém Darwin não conseguiu explicar como as características dos
indivíduos eram passadas adiante (devido ao pouco estudo no campo da genética).
Com o desenvolvimento da genética, as explicações para a hereditariedade foram
surgindo e, atualmente, o neodarwinismo é a teoria evolutiva mais aceita entre
os cientistas e estudiosos.”[7]
Embora nem todos os
evolucionistas concordem com todas, de modo geral, os teóricos evolucionistas
modernos creem no seguinte:
- Há uma rejeição ao registro
simples e direto do Gênesis.
- Bebem do Naturalismo, a
crença de que a natureza é tudo que existe e do empirismo (a ideia que todo
conhecimento é adquirido a partir das observações).
- O universo tem bilhões de
anos e se originou no Big bang, uma grande explosão que originou tudo
que existe. A grande quantidade de energia liberada por essa explosão teria
esfriado e se tornado matéria que se condensou e formou as galáxias e as
estrelas.
- A terra teria surgido desse
processo e certas substâncias químicas formaram a primeira célula. Esta célula
se reproduziu em outras e uma mutação teria produzido as primeiras variações.
Das células mais adaptadas teria surgido toda forma de vida que existe hoje que
através de um longo processo teria evoluído, gerando novas espécies de vida e a
extinção das menos adaptadas.
- Não houve um dilúvio global.
Os fósseis existentes são resultados de processos graduais que aconteceram
durante os milhares de anos.
PORQUE NÃO DEVO ACREDITAR NO
EVOLUCIONISMO?
É porque essa teoria está
muito longe da verdade. Todas as correntes criacionistas possuem limitações e
dificuldades, no entanto, trazem contribuições gigantescas seja na área da
ciência ou da fé. Porém, o Evolucionismo tem se mostrado um sistema falho e
danoso não apenas à fé, mas à própria moralidade. O Pastor e teólogo John
MacArhur, em seu livro: Criação ou Evolução- A luta pela verdade sobre as
origens do universo,oferece três motivos pelos quais ele não acredita no
Evolucionismo. Em primeiro lugar, ele diz que o Evolucionismo é degradante para
a humanidade. Seu ensino de que não passamos de uma espécie que evoluiu, ou de
animais racionais, é degradante para um ser vivo que foi criado à imagem de
Deus. Em segundo lugar, a Evolução é hostil à razão porque ensina que o acaso é
a força motora que coordena o universo. Porém, para MacArtur, esta perspectiva
do acaso é o oposto da razão. A lógica do bom-senso sugere que todo relógio tem
um relojoeiro. Todo edifício tem um construir. Porque um universo tão
gigantesco e complexo como o nosso, não teria um arquiteto-projetista por trás?
Seria o acaso um ente inteligente? Por último, ele defende que a Evolução é
antiética à verdade que Deus revelou quando deixa claro que não existe nada
além do universo e que não podemos tomar o relato bíblico da criação como verídico.
Além desses motivos, gostaria
de justificar o porquê um cristão não deve ser evolucionista.
Primeiro, no Evolucionismo, o
nada gerou tudo. Isso soa muito incoerente, não? Do nada, nada vem! No entanto,
eles defendem que o nada x nada = tudo que existe.
Segundo, no Evolucionismo, a
desordem gerou ordem. Como pode uma explosão gerar um universo tão bem
ajustado, complexo e inteligente? É como dizer que só basta explodir tijolos
para que os arranha-céus sejam construídos.
Terceiro, no Evolucionismo, a
vida é um acidente de percurso. As leis, a beleza, a precisão... tudo não passa
de uma coincidência.
Quarto, no Evolucionismo, os
seres humanos são um amontoado de células caminhando para a decomposição. Não
há nenhuma esperança para o homem, nenhum consolo, nenhum propósito ou
objetivo. Viemos do acaso e estamos caminhando para a morte. Nesse sentido, não
somos melhores em nada dos animais.
Quinto, no Evolucionismo, o
homem nada mais é que um animal em processo de evolução. Não há nada reservado
para ele. Conceitos como moralidade, ética e dignidade não assumem sentido
algum no Evolucionismo.
Sexto, no Evolucionismo, a
sorte é quem controla o Universo. Ela é a força motora que rege tudo. As coisas
só são como são, por causa do acaso.
Sétimo, o Evolucionismo não
representa a boa ciência. O debate sobre as origens do universo está para-além
da questão científica, pois o começo de tudo jamais poderá ser reproduzido num
laboratório. O máximo que a ciência pode é tatear e teorizar sobre as origens,
mas jamais comprovar detalhadamente como tudo ocorreu. Do contrário, o homem
seria maior que o próprio universo e este, é grande demais para ser
compreendido de todo pelo homem. Acontece que o Evolucionismo não passa de um
produto naturalista que apesar de ser vendido como ciência, é incoerente com
várias descobertas científicas e oferece uma teoria frágil e falsa sobre as
origens de tudo. Isso não significa que os evolucionistas são pessoas más, ou
que tudo quanto eles dizem é mentira. Apenas que o sistema que eles advogam é
insustentável.
E QUANTO AO CRIACIONISMO?
Acredito que o criacionismo
bíblico é suficiente para explicar as origens de tudo. É verdade que o
criacionismo científico em muito tem ajudado para a causa criacionista, no
entanto, quando se fala de algo mais sólido, o criacionismo bíblico é cotado
como sendo o mais viável por ser aliado com aquilo que as Escrituras Sagradas
afirmam. A Bíblia é a fonte de autoridade do criacionista bíblico. Ela é quem a
chave para o entendimento da origem do universo e não a Ciência. A Ciência pode
nos auxiliar de várias outras formas, e a história tem mostrado a boa ciência
tem sempre andado lado a lado com as verdades bíblicas. Comparado à teoria
evolucionista, tem se mostrado superior naquilo que se compreende como sendo o
percurso da verdade. Vejamos:
- Segundo a Evolução, o
universo é tudo que existe, não há nada maior que ele.
- Segundo o criacionismo
bíblico, existe um Deus maior que o universo e não há nada acima dEle.
- Na Evolução,
"Deus" é uma figura criada pelo homem.
- Segundo o criacionismo
bíblico, o homem é quem foi criado por Deus.
- O Evolucionismo é uma teoria
elaborada pelo homem.
- O criacionismo bíblico é uma
doutrina estabelecida e revelada por Deus.
- No Evolucionismo, existe fé
no acaso.
- No criacionismo bíblico,
existe fé nas Escrituras.
- O Evolucionismo trabalha com
teorias, hipóteses e especulações.
- O criacionismo bíblico
trabalha com verdades.
- O Evolucionismo é mutável.
- A doutrina do criacionismo
bíblico, não!
O PAPEL DA IGREJA NA FORMAÇÃO
DE JOVENS CRISTÃOS.
Algumas igrejas colocam esse
assunto como um tabu. Nós não precisamos demonizar a Ciência por conta do
Evolucionismo. Muito menos ver a Universidade como um ambiente que vai tirar os
jovens das igrejas, pelo contrário, não podemos temer, o papel da igreja é
preparar os jovens, não para simplesmente para ganhar um debate, mas para ser
um instrumento de Deus para aproximar pessoas que professam tais crenças à
Deus.
É verdade que ¾ dos jovens
estão saindo das igrejas depois de entrarem na Universidade. Porém, isso só tem
acontecido porque estão despreparados, não é porque o evolucionismo é um ensino
superior ao criacionismo. Eles saem por ignorância. Ao ver sua fé sendo
destruída na sala de aula, diariamente perdem o gosto pelas coisas de Deus.
A igreja precisa entender que
os jovens necessitam desse preparo e falar disso em seus púlpitos, produzir
fóruns, debates e eventos que fomentem o diálogo e o fortalecimento da fé
cristã! Isso é um grande desafio, porém é uma grande necessidade e Deus conta
conosco para isso.
Obras Citadas
ANDRADE,
Claudionor de. O Começo de todas as coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
LOURENÇO, Adauto. A Igreja e o Criacionismo.
São José dos Campos: Fiel, 2018.
[1] A
crença de que tudo que existe no universo teve um início é bem antiga e estava
presente na cultura de vários povos do passado.
[2]
‘’Em 1950, o Papa Pio XII divulgou uma encíclica confirmando que não há
intrínsecos conflitos entre a teoria da evolução e os ensinamentos da Igreja
Católica Romana, desde que os católicos ainda acreditem que os seres humanos
são dotados de uma alma criada por Deus. Em 1996, o papa João Paulo II expandiu
e reiterou a posição da Igreja, afirmando a evolução como "mais do que uma
hipótese". https://www.britannica.com/topic/creationism.
Acesso: 03/06/2019 às 13:19.
[3]
ANDRADE, p. 22.
[4]
Dentre os mais conhecidos adeptos dessa teoria temos: C.S. Lewis, Alister
Mcgrater e Francis Collins. https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-evolucionismo-teista-e-suas-incoerencias.
Acesso: 04/06/2019 às 22:32.
[5] Curiosidade: Jean Batista de Lamarck foi
um naturalista francês responsável pelas primeiras teorias sobre a evolução dos
seres vivos. Ele nasceu no dia 1 de agosto de 1744, na cidade de Bazentin, na
França. Faleceu em 28 de dezembro de 1829, sem o reconhecimento de suas ideias.
Pesquisando sobre moluscos, Lamarck começou a pensar nas mudanças que ocorrem
com as espécies ao longo do tempo.As suas ideias foram apresentadas em 1809, com
a publicação "Philosophie zoologique". Isso 50 anos antes
da "Origem das Espécies", publicação de Darwin.
[6] https://www.biologianet.com/evolucao/selecao-natural.htm.
Acesso: 04/06/2019 às 20:36.
[7] https://querobolsa.com.br/enem/biologia/neodarwinismo.
Acesso: 04/06/2019.
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