Por Everton Edvaldo
Em razão da polêmica sobre meu
primeiro texto (Pentecostais, cuidado com o culto à Pregação Expositiva), resolvi
escrever outro texto a fim de esclarecer algumas coisas. Muitas pessoas não
leram o primeiro texto e já teceram vários comentários discordando de algo que
não leram. Eu não tenho problemas com quem discorda de mim, eu só não acho
justo alguém discordar de algo que não leu. Eu costumo falar que as criticas sempre são bem-vindas, pois, é com elas que evoluo e me motivo a buscar mais informações e conhecimento.
Bem, eu acredito que muitas pessoas tenham entendido de forma errada meu primeiro texto por causa do título. Porém, o título em si é apenas uma “provocação teológica” (entenda provocação no bom sentido) para que as pessoas pensem e reflitam no que foi dito. Então espero que nesse segundo texto, as coisas fiquem mais claras. Vamos lá?
Bem, eu acredito que muitas pessoas tenham entendido de forma errada meu primeiro texto por causa do título. Porém, o título em si é apenas uma “provocação teológica” (entenda provocação no bom sentido) para que as pessoas pensem e reflitam no que foi dito. Então espero que nesse segundo texto, as coisas fiquem mais claras. Vamos lá?
Então... Afinal, o que eu tenho contra
a pregação expositiva? Nada propriamente dito, mas eu tenho algumas observações
a fazer sobre seu uso nos púlpitos.
Em primeiro lugar, em nenhum
momento eu critico o uso da Pregação Expositiva nos púlpitos pentecostais. Eu
sou a favor, aliás eu sou a favor do uso de todos os estilos e tipos de
pregação. O que eu critico é o engessamento que já notório em alguns círculos
de pregadores pentecostais que cansados de ouvir pregadores sem mensagem e que
espiritualizam tudo, acabam indo para o outro extremo: agora só querem pregar
expositivamente, como se isso fosse algo canônico. É como se o remédio para as
pregações triunfalistas, alegóricas, místicas, espiritualistas, de auto-ajuda e coach, fosse
somente a pregação expositiva, quando na verdade, é possível pregar bem e
biblicamente com outros estilos de pregação.
Outra coisa que critico é a
centralização, supervalorização e
exagero no uso da pregação expositiva, enquanto que outras plataformas são desprezadas e têm seu valor e papel diminuídos.
Há quem diga que essa minha
preocupação é desnecessária, pois a pregação expositiva é eficaz de qualquer forma.
Isto é, tais pessoas imaginam que mesmo que haja um engessamento, qualquer pregação
expositiva é melhor que as pregações bizarras que ouvimos nos púlpitos assembleanos.
Porém, eu digo que essa preocupação é necessária sim! Nós Pentecostais já temos problemas demais
para resolver e não se pode resolver um extremo com outro, sem falar que
prevenir é melhor do remediar. Quem disser que qualquer pregação expositiva é
melhor que as pregações bizarras não discerniu que não é a coisa em si que é eficaz,
mas o uso que se faz dela. Isto é, uma pregação expositiva pode ser um verdadeiro
fracasso se for mal feita e pode até esvaziar uma igreja (em todos os sentidos).
E no lugar de ser algo prazeroso de ouvir e divinamente comunicativo, acaba
sendo cansativo, rotineiro e forçado.
Quem diz que a pregação expositiva
é o melhor método, precisa levar em consideração não apenas essas coisas que disse acima mas também o momento pós-pregação. O momento pós-pregação nos permitirá fazer uma
breve avaliação sobre o que a gente pode melhorar na próxima pregação e se a
escolha daquele tipo de sermão foi mesmo eficaz. Bem, se houve comunicação
entre a Palavra de Deus e o Seu povo, já temos meio caminho andado. As demais
coisas que acontecerem no culto são apenas consequências de como o povo de Deus
recebeu essa Palavra. Tendo essas coisas em mente, haverá momentos que a
pregação temática, textual ou qualquer outra será mais eficaz que a expositiva,
e nós devemos nos alegrar nisso, pois não é um método que opera, mas o Espírito
Santo de Deus através da Sua Palavra. Ou seja, desde que seja bíblica e cristocêntrica, Deus
pode operar eficazmente da mesma forma, intensidade e proporção nos mais diversos métodos.
Enquanto isso, nós Pentecostais
estamos há décadas avançando com as missões pelo mundo, pregando de forma expositiva, textual e temática, ganhando milhares de almas para Cristo todos os anos.
Acredito que isso represente bem a liberdade do Espirito Santo em nosso meio. Ele é livre e
não está preso a métodos humanos. À essa altura do campeonato, cair no mesmo erro dos reformados, talvez seria
um retrocesso.
Por fim, existe algo muito mais
importante que o tipo do sermão, que é a vida do pregador. Esta, deve ser um
sermão vivo e móvel de Deus sobre esta terra. Um pregador que tem vida com Deus, rega seu sermão com lágrimas, fogo do Espírito Santo e gotas do sangue de Jesus.
Que Deus abençoe a vida de vocês!
Que Deus abençoe a vida de vocês!
Concordo, só que assim como a pregação expositiva não foi suficiente para impedir a morte do continente europeu, os métodos pentecostais também não estão sendo suficientes para impedir o crescimento do paganismo e misticismo no seu próprio meio. Obs: sou assembleiano.
ResponderExcluirParabéns bem colocado acredito que o sermão expositivo e sim cansativo e as vezes chato mais e válido dentro de um culto de ensinamento onde e e pregado todo o texto e seu contexto
ResponderExcluirConcordo em parte com o amado irmão. O sermão só será chlato e cansativo se o pregador também for. Ou seja, o problema não está no sermão expositivo e sim em quem o expõe. Veja por ex. os pastores presbiterianos Hernandes Dias Lopes e Augustus Nicodemos só pregam sermões expositivos que são ótimos. Não são cansativos.
ResponderExcluirConcordo na parte que pode se pregar um sermão temático e ser bíblico.
O nobre disse toda a verdade. E queria acrescentar que os maiores do pregadores da história da Igreja , foram pregadores temáticos , exemplo: D.L.Moody e Charles Spurgeon. Aí ,já explica tudo .
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