Por Everton Edvaldo
Leitura Bíblica: (Deuteronômio 4.29-31)
Introdução:
Estamos diante de uma passagem, onde, Moisés usado
por Deus, fala ao povo para que buscassem ao SENHOR de todo o coração e alma.
Moisés alerta que quando os israelitas estivessem em angústia, deveriam
voltar-se para Deus e escutar sua voz. Dessa forma, o SENHOR não os
desampararia, nem os destruiria, nem se esqueceria do pacto feito com seus
pais. Baseado nesse breve trecho das Escrituras, aprenderemos algumas verdades com
o objetivo de aprofundar o nosso relacionamento com Cristo, o nosso bom amigo.
I- O
INTERESSE DE DEUS EM CONVERSAR COM O HOMEM:
1. Desde o início da humanidade podemos notar
claramente nas Escrituras que Deus sempre procurou relacionar-se com o homem.
2. A Bíblia relata em Gênesis 3.8 que Deus (pela
viração do dia) andava pelo jardim do Éden e conversava com Adão e Eva; ou
seja, o próprio Deus tomou a iniciativa de manter comunicação com o casal.
3. Deus estava demonstrando com esse gesto, que
manteria um relacionamento íntimo com o casal. Porém, o tempo foi passando, e
com a entrada do pecado, essa amizade estava sendo afetada. Isto, porque já na
geração dos filhos de Adão e Eva, haviam aqueles que se rebelavam contra o
SENHOR, afastando-se dele, pouco a pouco.
4. Mesmo assim, haviam aqueles que em meio a uma
geração corrupta, buscavam ao SENHOR, deixando para nós um legado de
fidelidade. Vejamos como se desenrolaram esses fatos!
II- A
DIFERENÇA ENTRE DUAS GERAÇÕES:
1. Geração de
Caim: Abel e Caim foram os primeiros filhos do casal. Abel foi assassinado
pelo seu irmão que se tornou ímpio e assassino (Gn 4.8). Sua descendência se
corrompia e não buscava a Deus; eram conhecidos por “filhos dos homens”, amigos
do mundo e dos prazeres, tornando-se inimigos de Deus (Gn 6.1,2,12,13; Tg 4.4).
2. Geração de
Sete: Também foi filho de Adão e
Eva. Sua descendência buscava ao SENHOR. Eram conhecidos como “filhos de Deus”,
pois ainda não tinham se misturado com a descendência de Caim (Gn 6.2,4). Eles invocavam
o nome do SENHOR (Gn 5.22,24; Hb 11.5).
3. Somos
filhos de Deus: (Jo 1.12; Rm
8.16; Gl 3.26; 1 Jo 3.2). Uma vez que estávamos desligados de Deus, éramos
semelhantes aos filhos de Caim; mas uma vez salvos, o SENHOR nos concede a
benção de sermos seus filhos. O filho tem intimidade com o Pai, tem amizade e
semelhança, pratica suas obras e anda em seus passos (Jo 8.39). O Pai também é
o melhor amigo do filho e é por isso que devemos buscá-lo. Na Bíblia, temos
alguns exemplos de homens que tiveram um relacionamento com Deus:
a) Abraão foi chamado amigo de Deus (Tg 2.23);
b) Davi foi chamado de homem “segundo o coração de Deus” (At 13.22);
c) Moisés falava com Deus “face a face” como quem fala com amigo (Ex 33.11).
4. É importante enfatizar, que Deus se agrada
quando um servo seu o busca de todo o coração. Não fomos criados como
“máquinas”, com o objetivo apenas de receber comandos. Temos dentro do nosso
corpo, todos os elementos necessários para se expressar perante a presença do
SENHOR. Deus deseja que o busquemos, mas não de qualquer forma. Essa busca deve
ser voluntária e de todo o coração, isto é, completa, sem reservas.
III- PORQUE
DEVEMOS BUSCAR A DEUS?
1. Porque o
mundo jaz no maligno. Assim como
nos dias de Noé, o mundo está corrompido (1 Jo 5.19), os homens casam-se, dão-se
em casamento (Lc 20.34) e desprezam a Deus. Os ímpios vivem ocupados com coisas
efêmeras, preocupados em acumular riquezas, esquecendo-se de buscar ao SENHOR
(Mt 6.19-21; Lc 12.22,31). Enquanto os ímpios buscam as coisas do mundo, os
cristãos buscam ao próprio Deus.
2. Porque Deus
quer se revelar a cada cristão. Como já vimos acima, desde o princípio da
criação, Deus tem procurado vidas para se revelar e ter uma intimidade (Sl
101.6), vidas que dediquem seu tempo para conversar e invocar o seu Criador.
3. Porque buscando
a Deus obtemos descanso. Diante de tantos problemas enfrentados no mundo,
muitos procuram psicólogos para desabafar, outros buscam refúgio em livros de
auto-ajuda. Para aliviar o stress do dia-a-dia, alguns preferem buscar alívio
em religiões orientais como, por exemplo, o budismo. Mas a realidade é que tais
refúgios são apenas efêmeros e não tratam a raiz do problema. Preenchem
temporariamente o vazio da alma, entretanto, Jesus o verdadeiro alívio, está
com os braços abertos, nos chamando para contarmos nossos problemas. Ele é a
solução, o caminho e o descanso para nossa alma (Sl 91.1; Is 55.6; Jr 29.13 ; Mt
11.28).
IV- JESUS
É O NOSSO AMIGO:
1. Ele mesmo falou que já não nos chama de servos,
e sim de amigos porque nos fez conhecer tudo quanto ouviu do Pai (Jo 15.15).
Como nosso amigo, Jesus revela o profundo e o escondido (Dn 2.22). Ele tem
prazer em revelar seus planos aos seus servos, por exemplo: quando estava para
destruir Sodoma e Gomorra não ocultou o que iria fazer à Abraão, seu amigo (Gn
18.17,18; Am 3.7).
2. Jesus tem um conselho para cada amigo seu. Seus
conselhos são semelhantes ao óleo que sara as feridas, prepara e unge. Um
conselho de Cristo é como um perfume que tem suave cheiro (Pv 27.9). Ele é o
nosso amigo mais chegado (Pv 18.24), está presente em todos os momentos e jamais
nos abandona (Mt 28.20).
3. Características
de Jesus como amigo:
a) Está presente conosco (Sl 46.1; Is 41.10; Mt
18.20; 28.20);
b) Nos escuta (Ex 3.7; Sl 5.3; 34.17; 116.1);
c) Nos aconselha (Jó 26.2,3; Sl 16.7; 32.8);
d) Nos consola (Sl 23.4; 94.19; 119.50; Mt 5.4);
e) Não nos abandona (Dt 4.31; 31.6; Sl 9.10; 27.10;
37.25; 94.14; Is 41.17,18; 2 Co 4.8,9; Hb 13.5);
f) Nos ajuda (Sl 27.9; 54.4);
g) Nos perdoa (Sl 25.18; 86.5; 103.3).
Conclusão:
Se quisermos ter intimidade com Cristo, devemos
invocá-lo e ouvir sua palavra, pois, ele é o nosso amigo fiel e quer que façamos
a diferença nessa geração mundana. Não se acomode, busque a Deus! Ele sempre
estará disponível para te atender, te ouvir e te perdoar. Do SENHOR vem a
verdadeira felicidade e fora dele, o gozo é apenas passageiro.