21 de abril de 2019

O Martírio de Inácio, Bispo de Antioquia.



Por Everton Edvaldo

Em 107 d.C, o imperador Trajano mandou prender e trazer Inácio, Bispo da igreja de Antioquia (na Síria), para Roma. Inácio (cujo alguns estudiosos identificam com a criança que Jesus colocou no colo em Mateus 18.2) tinha sido discípulo do apóstolo João e foi consagrado pelo apóstolo Pedro ao ministério como Bispo na igreja em Antioquia que nesta época era a terceira maior cidade do império romano. Ele foi Bispo dessa igreja por mais de 40 anos! Durante a viagem até Roma, multidões de crentes se reuniam nos portos para vê-lo pela última vez. Foi nessa viagem que escreveu 7 cartas, uma delas aos crentes romanos que vivam na corte do imperador e podiam de alguma forma tentar livrá-lo do martírio, impedindo-o de encontrar com seu Deus. Então ele escreveu o seguinte:

"Deixem-me ser alimento de feras selvagens- é assim que posso chegar a Deus. Sou trigo de Deus e vou ser triturado pelos dentes de feras selvagens para ser transformado em pão puro para Cristo. Eu preferia que vocês atiçassem as feras para que elas possam ser meu túmulo e para que não sobre nem um resquício de meu corpo... Que emoção terei diante das feras selvagens que estão preparadas para mim! Espero que acabem logo comigo. Vou aliciá-las para que me devorem logo e não fiquem à distância, como às vezes acontece, amedrontadas. E se elas se mostrarem relutantes, eu as provocarei... Que venha o fogo, a cruz, a luta com feras selvagens, o arrancamento de ossos, a laceração de membros, a trituração de meu corpo inteiro, as cruéis tortura do diabo- só me deixem chagar até Jesus Cristo." (Carta aos Romanos 4-5).

Nesse mesmo ano, no último dia de jogos do Coliseu, Inácio foi lançado aos leões e teve seu corpo estraçalhado pelas feras diante de milhares de pessoas que lotaram a arena. A tradição conta que seu coração foi achado e tinha escrito o nome: "Jesus."


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