29 de julho de 2019

A Manifestação da Graça de Deus aos homens




“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens .” (Tito 2.11)

Por Everton Edvaldo

Ao criar o ser humano, Deus dotou-lhe com inteligência, visão, ousadia, coragem e força. O homem tinha liberdade para pecar e liberdade para não pecar. Deus o criou como uma criatura livre, no sentido de que Adão pudesse tomar uma atitude contrária à vontade de Deus.

Dessa forma ele não seria uma criatura "robotizada" nem como uma marionete. Essa liberdade é a que conhecemos hoje por livre-arbítrio, ou seja, vontade livre.

O homem seria responsável por seus atos e escolhas, quer sejam boas, quer más. Não havia coerção divina. A obediência deveria ser voluntária e espontânea.

Infelizmente o homem escolheu desobedecer a Deus trazendo sobre si drásticas conseqüências. O pecado atingiu a criação, sujeitando-a e escravizando-a.

O pecado se tornou “senhor” sobre o homem. Tanto o seu caráter quanto seu comportamento foi manchado e maculado pela transgressão. Por conta disso, o homem perdeu naturalmente a liberdade para não pecar. A única liberdade que lhe restou foi para pecar. Seu arbítrio se tornou escravo.

Seus desejos e vontades ficaram corrompidos e como se não se bastasse essas conseqüências foram transmitidas para sua posteridade. Dessa forma, o pecado passou a toda raça humana impossibilitando o homem de livremente fazer o bem.

O pecado ainda separou o homem de Deus e o desviou do caminho reto. É por isso que o homem sem Deus sempre irá errar o alvo, pois está cego à parte de Deus não tem discernimento daquilo que é bom.

Deus em sua infinita bondade e misericórdia, sabendo de antemão a condição humana, providenciou os meios necessários para salvar o homem, resgatá-lo do pecado e dar-lhe vida eterna.

Isto significa dizer que sem Deus o homem por si só não pode fazer aquilo que é bom, muito menos alcançar a salvação. É aí que a graça de Deus entra. A graça “é o favor imerecido de um superior ao subalterno” (PFEIFFER, 2006, p. 876). A graça é a mais pura manifestação de amor. Não é uma força coercitiva, mas um afeto persuasivo, amoroso poderoso.

Aqui cabe perfeitamente a frase dita por Jesus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16).

Graça e amor andam juntos. Não é merecido, porém ele nos amou livremente. Esse amor pelo mundo o fez entregar o seu próprio filho. Em Jesus a graça se manifestou salvadora a todos os homens. Ela se manifestou perfeitamente aos caídos, perdidos e doentes espiritualmente. Com qual objetivo? De libertar e salvar o homem!

A graça também liberta o arbítrio escravo! Não significa que o homem tenha aquela liberdade plena que existia no Éden, mas ela atua dando condições ao homem para crer!  Com a graça de Deus todos podem crer! Sem a graça, ninguém pode crer. Quando não é resistida, ela entra no homem e o transforma numa nova criatura.

A morte espiritual dá lugar à vida eterna, os olhos que estavam fechados agora se abrem. O vazio da alma agora é preenchido. Maravilhosa graça! Ela vem antes, ilumina, renova o entendimento do homem e lhe dá condições para não só crer como também perseverar como salvo. Do começo ao fim ela está presente!

A graça dá força ao cansado, sustento à fé, perdão dos pecados. Ela vem de Deus pois foi ele quem a enviou. A sua manifestação tem como alvo o homem pecador. Ela superabunda o pecado sem ser afetada por ele.

Visto que todos nós estávamos debaixo do pecado, a graça, em si mesma, e como fonte da compaixão divina é universal. Porque todos necessitam da graça? Ora, porque todos pecaram!


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