19 de outubro de 2016

BUSCANDO E OUVINDO O BOM AMIGO JESUS


Por Everton Edvaldo

Leitura Bíblica: (Deuteronômio 4.29-31)

Introdução: Estamos diante de uma passagem, onde, Moisés usado por Deus, fala ao povo para que buscassem ao SENHOR de todo o coração e alma. Moisés alerta que quando os israelitas estivessem em angústia, deveriam voltar-se para Deus e escutar sua voz. Dessa forma, o SENHOR não os desampararia, nem os destruiria, nem se esqueceria do pacto feito com seus pais. Baseado nesse breve trecho das Escrituras, aprenderemos algumas verdades com o objetivo de aprofundar o nosso relacionamento com Cristo, o nosso bom amigo.

I- O INTERESSE DE DEUS EM CONVERSAR COM O HOMEM:

1. Desde o início da humanidade podemos notar claramente nas Escrituras que Deus sempre procurou relacionar-se com o homem.

2. A Bíblia relata em Gênesis 3.8 que Deus (pela viração do dia) andava pelo jardim do Éden e conversava com Adão e Eva; ou seja, o próprio Deus tomou a iniciativa de manter comunicação com o casal.  

3. Deus estava demonstrando com esse gesto, que manteria um relacionamento íntimo com o casal. Porém, o tempo foi passando, e com a entrada do pecado, essa amizade estava sendo afetada. Isto, porque já na geração dos filhos de Adão e Eva, haviam aqueles que se rebelavam contra o SENHOR, afastando-se dele, pouco a pouco.

4. Mesmo assim, haviam aqueles que em meio a uma geração corrupta, buscavam ao SENHOR, deixando para nós um legado de fidelidade. Vejamos como se desenrolaram esses fatos!

II- A DIFERENÇA ENTRE DUAS GERAÇÕES:

1. Geração de Caim: Abel e Caim foram os primeiros filhos do casal. Abel foi assassinado pelo seu irmão que se tornou ímpio e assassino (Gn 4.8). Sua descendência se corrompia e não buscava a Deus; eram conhecidos por “filhos dos homens”, amigos do mundo e dos prazeres, tornando-se inimigos de Deus (Gn 6.1,2,12,13; Tg 4.4).

2. Geração de Sete: Também foi filho de Adão e Eva. Sua descendência buscava ao SENHOR. Eram conhecidos como “filhos de Deus”, pois ainda não tinham se misturado com a descendência de Caim (Gn 6.2,4). Eles invocavam o nome do SENHOR (Gn 5.22,24; Hb 11.5).

3. Somos filhos de Deus: (Jo 1.12; Rm 8.16; Gl 3.26; 1 Jo 3.2). Uma vez que estávamos desligados de Deus, éramos semelhantes aos filhos de Caim; mas uma vez salvos, o SENHOR nos concede a benção de sermos seus filhos. O filho tem intimidade com o Pai, tem amizade e semelhança, pratica suas obras e anda em seus passos (Jo 8.39). O Pai também é o melhor amigo do filho e é por isso que devemos buscá-lo. Na Bíblia, temos alguns exemplos de homens que tiveram um relacionamento com Deus:

a) Abraão foi chamado amigo de Deus (Tg 2.23);

b) Davi foi chamado de homem “segundo o coração de Deus” (At 13.22);

c) Moisés falava com Deus “face a face” como quem fala com amigo (Ex 33.11).

4. É importante enfatizar, que Deus se agrada quando um servo seu o busca de todo o coração. Não fomos criados como “máquinas”, com o objetivo apenas de receber comandos. Temos dentro do nosso corpo, todos os elementos necessários para se expressar perante a presença do SENHOR. Deus deseja que o busquemos, mas não de qualquer forma. Essa busca deve ser voluntária e de todo o coração, isto é, completa, sem reservas.

III- PORQUE DEVEMOS BUSCAR A DEUS?

1. Porque o mundo jaz no maligno. Assim como nos dias de Noé, o mundo está corrompido (1 Jo 5.19), os homens casam-se, dão-se em casamento (Lc 20.34) e desprezam a Deus. Os ímpios vivem ocupados com coisas efêmeras, preocupados em acumular riquezas, esquecendo-se de buscar ao SENHOR (Mt 6.19-21; Lc 12.22,31). Enquanto os ímpios buscam as coisas do mundo, os cristãos buscam ao próprio Deus.

2. Porque Deus quer se revelar a cada cristão. Como já vimos acima, desde o princípio da criação, Deus tem procurado vidas para se revelar e ter uma intimidade (Sl 101.6), vidas que dediquem seu tempo para conversar e invocar o seu Criador.

3. Porque buscando a Deus obtemos descanso. Diante de tantos problemas enfrentados no mundo, muitos procuram psicólogos para desabafar, outros buscam refúgio em livros de auto-ajuda. Para aliviar o stress do dia-a-dia, alguns preferem buscar alívio em religiões orientais como, por exemplo, o budismo. Mas a realidade é que tais refúgios são apenas efêmeros e não tratam a raiz do problema. Preenchem temporariamente o vazio da alma, entretanto, Jesus o verdadeiro alívio, está com os braços abertos, nos chamando para contarmos nossos problemas. Ele é a solução, o caminho e o descanso para nossa alma (Sl 91.1; Is 55.6; Jr 29.13 ; Mt 11.28).

IV- JESUS É O NOSSO AMIGO:

1. Ele mesmo falou que já não nos chama de servos, e sim de amigos porque nos fez conhecer tudo quanto ouviu do Pai (Jo 15.15). Como nosso amigo, Jesus revela o profundo e o escondido (Dn 2.22). Ele tem prazer em revelar seus planos aos seus servos, por exemplo: quando estava para destruir Sodoma e Gomorra não ocultou o que iria fazer à Abraão, seu amigo (Gn 18.17,18; Am 3.7).

2. Jesus tem um conselho para cada amigo seu. Seus conselhos são semelhantes ao óleo que sara as feridas, prepara e unge. Um conselho de Cristo é como um perfume que tem suave cheiro (Pv 27.9). Ele é o nosso amigo mais chegado (Pv 18.24), está presente em todos os momentos e jamais nos abandona (Mt 28.20).

3. Características de Jesus como amigo:

a) Está presente conosco (Sl 46.1; Is 41.10; Mt 18.20; 28.20);
b) Nos escuta (Ex 3.7; Sl 5.3; 34.17; 116.1);

c) Nos aconselha (Jó 26.2,3; Sl 16.7; 32.8);

d) Nos consola (Sl 23.4; 94.19; 119.50; Mt 5.4);

e) Não nos abandona (Dt 4.31; 31.6; Sl 9.10; 27.10; 37.25; 94.14; Is 41.17,18; 2 Co 4.8,9; Hb 13.5);

f) Nos ajuda (Sl 27.9; 54.4);

g) Nos perdoa (Sl 25.18; 86.5; 103.3).


Conclusão: Se quisermos ter intimidade com Cristo, devemos invocá-lo e ouvir sua palavra, pois, ele é o nosso amigo fiel e quer que façamos a diferença nessa geração mundana. Não se acomode, busque a Deus! Ele sempre estará disponível para te atender, te ouvir e te perdoar. Do SENHOR vem a verdadeira felicidade e fora dele, o gozo é apenas passageiro.