7 de outubro de 2016

"TAL PAI, TAL FILHO"


por Everton Edvaldo

É incrível como as palavras tem um "poder" de repercutir por centenas de gerações. É muito comum ouvirmos o ditado popular: "tal pai, tal filho."

Parece algo simples, que se popularizou em nosso meio, e que é próprio da nossa cultura, mas quem pensa assim está enganado. Não se sabe ao certo quando esse provérbio apareceu. O que se sabe é que há mais de 2.600 anos ele já era presente na cultura judia.

A expressao: "Tal pai, tal filho", tende a demonstrar que os filhos em geral reproduzem as qualidades e os defeitos paternos. Luis de Camões (poeta português) no século XVI a usou em sua obra: "Os Lusíadas."

Em francês, também existe o mesmo provérbio: "Tel père, tel fils." Em português, o ditado ganhou novos contornos e até um novo jeito de se comunicar, por exemplo: "Filho de peixe, peixinho é."

No livro do profeta Ezequiel, Deus vaticina esse provérbio para o povo hebreu, mantendo o princípio e mudando apenas o gênero:

"Eis que todo o que usa de provérbios usará contra ti este, dizendo: tal mãe, tal filha." (Ezequiel 15.44).

Este ditado é algo que tá implícito na mente das famílias no mundo inteiro. É antigo, mas não perdeu a maestria. Continua sendo comunicado de forma oral ou escrita.

Ao que parece, esse é um dos ditados que tem o potencial de marcar gerações. Se continuar assim, vai perdurar nas nossas mentes por muito tempo. Não sabemos quem escreveu ou quem foi o primeiro a dizer este provérbio . O que temos certeza é que ele se eternizou.